data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Eduardo Ramos (Especial)
O mês de fevereiro marca um momento importante para milhares de crianças e adolescentes: o início de um novo ano letivo. Em 2022, as atividades serão desenvolvidas no formato presencial, após quase dois anos de ensino remoto e de desafios impostos pela pandemia da Covid-19.
A psicopedagoga Franciele Grapiglia destaca que é preciso ter cuidado na transição para o ensino presencial, principalmente com aqueles alunos que ficaram por mais tempo no remoto. Ela considera que vão surgir lacunas pedagógicas:
- A conduta é diferente em assistir a uma aula em frente a uma tela de computador, comparada a estar em uma escola. Cada faixa etária vai ter suas dificuldades. A adaptação vai depender das experiências vivenciadas por cada um antes e durante o período remoto.
Aliada a essa adaptação, estudantes e familiares precisam estar atentos, também, aos protocolos de prevenção.
No Colégio Adventista, que já deu início ao ano letivo, o retorno para o primeiro dia de aula na escola ocorreu de forma escalonada. Dessa forma, foi possível fazer com que, no ginásio da escola, a equipe repassasse as orientações aos alunos.
Na última segunda-feira, alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio retornaram às salas. Na terça-feira, foi a vez do 2º ao 5º ano do Fundamental e, nesta quarta-feira, a Educação Infantil e o 1º ano voltam às salas.
As escolas da rede particular estão há mais tempo no modo presencial em comparação às instituições públicas. No Adventista, as aulas voltaram ao híbrido em maio passado. Ou seja, os alunos já estavam habituados novamente ao velho modelo de ensino. Segundo a coordenadora pedagógica Cristine Dotto da Silveira, a atenção maior será dada aos estudantes que tinham atestado para assistir às aulas de casa e aqueles vindos de outras escolas.
- Nós temos projetos que envolvem ouvidoria e acolhimento, para que eles se sintam seguros na escola. Trabalhamos muito a questão emocional, para que eles se sintam bem neste momento - diz.
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De acordo com o diretor Gelson Torman, a escola, no final do ano passado, deu dicas aos alunos já pensando no retorno de 2022.
- Foi dito a eles a importância de estarem aqui presencialmente, e a recepção foi muito boa - afirma.
A escola tem cerca de 600 alunos e, no primeiro dia de aula de 2022, apenas 12 estudantes não compareceram ao local. Em casos especiais para quem tenha dificuldade em se ambientar ao retorno presencial, o diretor diz que cada caso será tratado individualmente.
- O setor de orientação educacional trabalha com as situações mais especiais, e os professores também estão preparados para dar esse auxílio - explica o diretor do Adventista.
A escola se preparou com atividades como palestras e murais de acolhimento para os alunos da Educação Infantil e 1º ano do Ensino Fundamental. Para os pais, hoje, haverá uma palestra chamada de Mima Família, que visa alinhar a família ao processo de educação dos filhos
As demais escolas privadas santa-marienses devem começar as aulas nos próximos dias, algumas delas no dia 14 e outras no dia 21 (confira no quadro). Na rede pública, escolas como o Colégio Estadual Manoel Ribas e a Escola Básica Estadual Dr. Paulo Devanier Lauda, voltarão no dia 21. O calendário da rede municipal será divulgado nesta quinta-feira.
O RETORNO
Santa Maria
- 17/02 - Ensinos Fundamental e Ensino Médio
- 21/02 - Educação Infantil (Nível 1, 2 e 3)
Fátima
- 16/02 - Ensinos Fundamental e Médio
- 21/02 - Educação Infantil
Centenário
- 14/02 - Ensinos Fundamental e Médio
- 16/02 - Educação Infantil
Sant'Anna
- 14/02 - Início do ano letivo para todos os níveis de ensino
Medianeira
- 14/02 - Início do ano letivo para todos os níveis de ensino
Coração de Maria
- 14/02 - Início do ano letivo para todos os níveis de ensino
Antônio Alves Ramos
- 21/02 - Início do ano letivo para todos os níveis de ensino
Marco Polo
- 21/02 - Início do ano letivo para todos os níveis de ensino
Riachuelo
- 14/02 - Início do ano letivo para todos os níveis de ensino
Já retornaram
- Escola Adventista, Colégio Providência
A PREPARAÇÃO PASSA PELAS FAMÍLIAS
As semanas anteriores às aulas marcam o momento no qual pais e filhos saem às compras dos materiais escolares. As comuns listas de itens movimenta livrarias e comércio local. De acordo com a psicopedagoga Franciele Grapiglia, este momento é uma oportunidade das famílias realizarem uma atividade conjunta.
- A criança precisa acompanhar a compra dos materiais. É importante dar a ela autonomia de poder escolher alguns dos itens, mas claro, mantendo limites de respeito com os pais, que vão tomar a decisão final - diz.
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O momento seguinte é de mesma importância segundo ela, a organização da mochila para o dia de aula.
- Nas crianças mais novas o choro faz parte, o sofrimento não. Por isso, pensar em quais cadernos e livros é preciso levar no dia seguinte e a escolha da roupa, para as escolas que não usam uniformes, são maneiras de levar o pensamento das crianças para à escola e assim, acostumá-las a esta rotina - conta Franciele.
ORGANIZAÇÃO
Na família de Júlia Giotto Bohrer, 13 anos, e Joana Giotto Bohrer (foto ao lado), 8, a volta às aulas traz outro momento muito aguardado: a compra do material escolar. As alunas do Colégio Marista Santa Maria vão ingressar no 8º ano do Ensino Fundamental, e no 3º ano do Fundamental, respectivamente.
Conforme o pai das meninas, Clovys Bohrer Junior, 46 anos, eles tentam encontrar os melhores preços.
- Sempre pesquisamos os produtos e, a partir daí, elas podem escolher os itens que mais gostaram. Ao final de cada ano, verificamos como estão as mochilas, estojos e outros materiais e fazemos um reaproveitamento - conta.
Pensando nos dois momentos distintos à ida do presencial para o remoto, e o retorno do remoto ao presencial, Bohrer explica que quando as aulas por vídeo transmissões começaram, ele buscou a manutenção da rotina das filhas:
- Para que as meninas não estranhassem a nova realidade, procuramos seguir o mesmo costume que elas possuíam quando o ensino era presencial. Elas seguiram acordando no mesmo horário e se preparavam como se fossem para aula presencial, inclusive vestindo o uniforme para assistir às aulas. Para o retorno das aulas "quase normais", procuramos passar muita tranquilidade e segurança para as meninas, alertando-as que o momento ainda requer cuidados com a saúde.
Segundo Júlia, a expectativa é de um ano de muito aprendizado, amizades e prática esportiva. Ela também diz estar ansiosa para conhecer os novos professores.
*Gabriel Marques